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Introdução
Quando se trata de transações em Bitcoin, a gestão adequada dos UTXOs (Unspent Transaction Outputs) é uma alternativa geralmente vendida para maximizar a eficiência, reduzir custos e proteger sua privacidade (o que não é tão assim). Entender como e quando consolidar ou separar UTXOs pode fazer a diferença em termos de taxas de rede, segurança e anonimato. Vamos explorar esses conceitos, seus benefícios, desvantagens e o passo a passo para cada prática.
O que são UTXOs?
UTXOs, ou Unspent Transaction Outputs (saídas de transações não gastas), são o alicerce do sistema de transações do Bitcoin. Para entender como funciona uma transação em Bitcoin, é essencial compreender a mecânica por trás dos UTXOs.
Quando você realiza uma transação de Bitcoin, você não está simplesmente transferindo um saldo de uma "conta" para outra, como faria em um banco tradicional. Em vez disso, você está gastando uma ou mais saídas de transações anteriores, conhecidas como UTXOs, que foram enviadas para o seu endereço e que você ainda não gastou.
O melhor paralelo para UTXO é com notas de dinheiro. Entenda o UTXO como uma nota, independente do valor. Toda vez que você faz um pagamento, dá uma nota e recebe seu troco, caso haja. Se for necessário, você usará diversas notas (ou UTXOs) e receberá o troco pelo montante pago.
Imagine que você recebeu 0,5 BTC de um amigo em uma transação. Esse valor agora é representado por um UTXO na sua carteira. Esse UTXO fica "pendente" até que você decida usá-lo em uma nova transação. Quando você enviar, por exemplo, 0,3 BTC para alguém, você está gastando parte desse UTXO. O sistema criará um novo UTXO com o saldo restante de 0,2 BTC (menos as taxas de rede), que continuará na sua carteira até que você o gaste em outra transação.
Aqui temos uma wallet com um UTXO de entrada (input) no valor de 1 BTC. Não temos UTXO de saída (output). Nesse caso, o saldo de entrada (1 BTC) "está" na carteira para ser gasto. Podemos dizer que esse endereço possui 1 BTC para gastar.
Aqui temos uma wallet com um UTXO de entrada (input) no valor de 1 BTC. Porém agora tivemos um gasto de 1 BTC, representado pelo UTXO de saída (output). Como o valor do input + output é igual a 0, podemos dizer que o saldo nessa carteira será de zero. No diagrama de baixo (flow) você vê a mesma movimentação, só com o detalhe da fee saindo acima.
Neste caso temos a "Wallet" que recebeu 1 BTC (input) e que fez um envio de 0.3 BTC para a "Wallet 2". O envio realizado para a "Wallet 2" trata-se de um output, como esperado porém temos um detalhe importante e que o diferencia das contas bancárias tradicionais: como a wallet só tinha 1 UTXO (o de recebimento do 1 BTC), esse UTXO todo é comprometido e usado no envio de 0.3 BTC para a "Wallet 2". Como o destinatário deveria receber apenas 0.3 BTC e o UTXO utilizado tinha 1 BTC completo, nossa "Wallet" recebe um troco no valor de 0.7 BTC. Detalhe: até que a transação esteja confirmada na blockchain (algo em torno de 30 minutos), tanto o 0.3 enviado quanto o 0.7 do troco ficam "travados", de forma que você não consegue fazer um envio seguido com esse 0.7 BTC que sobraram antes das confirmações do bloco.
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